quinta-feira, 12 de junho de 2014

O início de tudo...
















Jamais esquecerei o três de outubro
Pra sempre guardarei o seis do sete
Perfeito é contemplar o nosso rumo
Teimoso, se cruzou no mesmo semestre

Dias, meses, contam o nosso curso
Palavras não mensuram como intérprete
Não medem o tamanho desse mundo
De sensações boas e indeléveis

Mas palavras ditas num segundo
Contam como o amor se mede
Amando sem medidas e sem rumo
Marcam todo o meu semestre

Você falou no momento oportuno
Que querias namorar disseste
Meu sim denunciado num segundo
Luzente ainda hoje permanece

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Lógicas sociais












Não me faça mais essa pergunta
Você não pode ouvir a resposta
Há coisas que não precisam ser ditas
O próprio tempo conosco dialoga

Não é resposta o que você procura
É conformidade com a sua lógica
Minha lógica não precisa ser lida
Minha lógica precisa do agora

O agora que não me pergunta
O agora que é apenas minha lógica
Que faço, contemplo, levo sob medida
Costuro retalhos e crio a minha loja

Vendo mentes sem vendas nem dúvida
Nasça gente que avalia e discorda
Que tenha respostas na ponta da língua
Não se fie em uma única lógica

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Imprevisível destino




















Seco e incerto segue o moço
Que bagunça os meus cabelos
Paro, espero, apresso e torço,
Mas só vingam os seus desejos.

Frio e amargo apresenta o novo
Dá um frio no ventre alheio
Seu desejo incerto e louco
Arrepia os meus cabelos.

És distinto dos rigores
Matemáticos faceiros
Sem exatos nem mentores
Me destinas nesse meio.

Sim, pra ti sou meio bobo,
Tu me ditas e obedeço
Destino meu, me ouça,
Deixa claro o teu desejo.

Teu tom do meu destoa
Mas sorriso te ofereço
O tempo impôs-se à moça
Moça vida dos eleitos.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sábado, 31 de agosto de 2013

Ser o que o pensamento permite ser...














"Momentos se tornam eternidade quando eternizamos pensamentos..."

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sábado, 8 de junho de 2013

À noite, no meu quarto...














Contemplo nesta noite, no meu quarto,
Sem sono, quarto escuro, corredor claro
E fico pensando quem sou eu de fato
Eles me defrontam, na madrugada me acovardam

Borbulham pensamentos meus de fato
Compartilho com o meu ‘eu’ e o lado claro
Com sangue, dor e pranto, escrevi no guardanapo
Que também foi testemunha do meu passado

Planejo e revisito meu calhado
Relendo o que escrevi no guardanapo
Deixei tudo escrito em papel molhado
Assim como os detalhes do meu passado

Quem escreve sempre edita o editável
E contempla os escritos do passado
Revisita os garranchos no escuro do seu quarto
Delineia em papel branco o futuro almejado.

Por Luiz Cláudio Fernandes

quarta-feira, 13 de março de 2013

Momento...












É o momento que o homem se sente incapaz
Dizer que é pequeno é a única opção
Vencido, não é o homem senão
Retrato da razão ineficaz

“Venci”, se torna intenção incapaz
“Eu perdi” é a consciente e sábia confissão
O cair expressa decepção
Recompõe-se só quem é capaz

Eu não fui um artista eficaz
Minha arte não teve apreciação
Sei agora o que é enrijeção
Também sei do que não sou capaz

É também quando o homem se percebe eficaz
Surpreendido, sofre as dores da ingratidão
Eficaz vítima de uma armação
Deixa a dor e procura ser mais

Tornei-me hoje um descrente
Sou hoje um novo realista
Realidade ainda não se aplica
Àquele que amado se sente

Amado sentiu-se o inocente
Com resposta aquilo lhe parecia
Mas as horas não passavam de armadilhas
Preparadas com um álibi envolvente

O álibi se deu naquele ambiente
Seu argumento não me correspondia
Mas agora, sob a testemunha dos meus dias
Eu crio o meu próprio ambiente

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sexta-feira, 8 de março de 2013

terça-feira, 5 de março de 2013

Pra sempre vou te amar...














Tão lindo quanto a lua
Tão grande quanto o mar
É assim o amor que atua
Nessa história secular

Mereces o diploma
Uma profissional exemplar
Lecionaste como nunca
Me ensinaste a andar

Aprendi o valor do nunca
Você soube me ensinar
Ouçam todas as testemunhas:
Também nunca vou te abandonar

A você que sempre escuta
Uma coisa eu vou falar
É tão certo quanto a lua:
Pra sempre vou te amar

É verdade nua e crua
Ninguém pode contestar
Mãe, você vale uma fortuna
Para mim vou te roubar.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Para mim não terminou...














É como as águas da baía
Elas vão e voltam atrás
Eu pensei na minha escolha
O aprendizado foi eficaz

A água ensina para a vida
O ego trai pra nunca mais
Eu voltei pra ver a baía
Vi que de mim você não sai

Isso é algo que não termina
É uma coisa que se refaz
É como nós naquela ilha
Esquecer não posso mais

Quando o verso encontra a rima
Todo mundo se compraz
Quando vejo a minha vida
Vejo a falta que você faz

Essa viagem não termina
A time line não diz mais
Essa tortura já dói dias
Pira paz, não quero mais!

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Cuide bem do nosso óscar...











Tudo o que eu queria era te encontrar agora
Palavras não bastariam para expressar
A você eu doaria até o óscar
As memórias me bastaria guardar

Agora só você é o que me importa
Se a tempestade vier, nós vamos dançar
E aos problemas daremos uma resposta:
Não insistam em querer nos separar

Guarde com carinho o nosso óscar
Sobre nós ele tem muito a revelar
Fruto do filme que conta a nossa história
Em que tive o prazer de contracenar

Te abraçar seria um prêmio nessa hora
Teu abraço me salvou daquele mar
As ondas me engoliam naquela hora
E foste afundo só pra me resgatar

Nem com tempestade o mar me afoga
Tempestade não me tira mais o ar
Disseste que até se a tempestade demora
Estás comigo pra na chuva dançar

A você eu reservei essas duas horas
No papel é uma forma de imortalizar
Escrevi o que disse meu coração agora
Minha amiga, é de você que vim falar

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

As coisas estão mudando...













(...) Perdido, só me resta uma manobra
Em devaneios também cabe alteração
Outro sentido dei, então, à minha porta
No meu enredo, fiz a minha modificação (...)

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Tempo ao tempo...
















Tempo, tempo, autor de todas as coisas
De ti brotam conceitos e ideias
Dá-me logo a certeza desta peça,
Ensaiada para alguém apreciar.

Tempo bom que não mais volta atrás
Certo estou que o futuro não me revelas
Vê se de alguma forma me recompensas
Porque neste ensaio fui perspicaz

Tempo meu, tempo da gente
A quem pouco tempo se tem dado
Reconheço que contigo tenho faltado
Com tua lei fui negligente

Àquilo que difere da gente
Por pouco tempo se tem pensado
Não me deixes seguir desarmado
Do meu parecer indiferente

Me disseram para dar tempo ao tempo
Mas o tempo não me tem recompensado
Minhas ânsias tenho deixado de lado
Para ao tempo dar tempo

Não sou eu quem segue devendo
É o tempo que me tem faltado
Eu tentei deixar elas de lado
Mas agora quem deve sou eu.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Quem venceu fui eu...





















Se achas que estou só
Te digo que não estou
Pensaste que eu estaria pior
Melhor é manter meu valor

Isso é maior que você
Isso você não me tira
Integridade só me fez crescer
Você só me fez companhia

Eu guardo o bom que ficou
Só não quero lembrar os últimos dias
Muito mal você me tratou
Diferente dos primeiros (bom-dias)

Reconheço as tuas qualidades
Sei que és mais que a tua atitude
Lembra o bem que me fez ao meu lado
Ainda há tempo, espero que mudes


Como servo, fiquei a mercê
Do meu próprio instinto humano
Hoje dito as regras do jogo
Onde perco se não me desmando

Te olhar, seria voltar a ser servo
Te ligar, seria um sinal de derrota
Quando quero querer te esquecer
Me concentro, não saio da rota

É assim que se dão os meus dias
Cada dia é um dia que ganho
Dos teus olhos o brilho contemplo
E os teus estão me desejando

A questão agora segue invertida
Em pensar que um dia esteve a teu favor
Da caça, o caçador é a vitima
Teu desprezo agora se chama dor

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Volto aos primeiros dias...



De repente, lembrei daquela noite
De repente, desejei aquele dia
Quando em bons momentos ao teu lado
O sentimento deste agora não temia.

Temo a própria dúvida deste agora
Temo o medo que de mim se apropria
Receio o que decidas amanhã
Que não mais sejam os desejos do outro dia

Essa dúvida que agora me governa
Da certeza não ocupe o lugar
Que é teu jeito, que é teu modo de espera
Deste tempo que nos dita o aguardar

Não sei o que se passa em mim agora
Choro, e também rio se me lembro
Dos momentos que ficaram na memória
Que são vivos como esse pensamento

Hoje (fazem) duas semanas
Mas parece que há um século
Teus minutos são as minhas horas
Nas quais uma ligação espero

E ainda se em algo não acreditas
Então perguntes àquelas águas da baía
Eu voltei lá; elas sim, são testemunhas
De tudo que eu as disse noutro dia

De repente eu lembro aquela noite
Sim, eu volto novamente àquele dia
Concentração agora não encontro
Só a lembrança tua me sacia.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Escrevendo eu sou mais...















A escrita, em versos e prosas
Se deleita no plano ainda branco.
Adquire tão rápido as formas
Traçadas e ditas pelo encanto
Que deleita e permeia o intrínseco humano.

Escrevendo eu sou mais sincero
Faz-se justiça com o meu ego
Aquilo que em voz eu não digo
Declaro em papel por versos movido
Digo ser eu, mas é ele incumbido
De dialogar com o universo das letras
Meu dom diluído
Em tintas de brilho ativo.

Aquilo que a boca não diz
A folha em branco preenche feliz
Diz que consegue dizer o que quis

Escrevendo o que eu não digo:
Dizendo o que eu não falo
É dessa forma que eu me retrato
Com quem eu sou, então, de fato.

Seja dor ou alegria aparecer
Caneta e papel sempre quero ter
Falte as palavras, falte o parecer
Mas quero a caneta e o papel,
Quero até isso também escrever.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Porque ele ama, nos fez pessoas...















Por amor me fez pessoa
Por amor um personagem
Um ser a quem se atribui
Direitos e obrigações.
Queres que eu tenha direito
Às coisas boas que criaste.
Agora em obrigação me vejo
Agradecer-te e glorificar-te.

Glorificar-te por tu seres
Um honesto e justo Deus
Por sermos mais que meros seres
Sermos sempre filhos teus.
Somos capazes de querer,
De viver em comunidade.
Sentir, pensar e refletir,
Somos capazes de amar.

De amar o próprio Deus,
Pois à sua semelhança e imagem
Fez assim os filhos teus,
Fez-nos os teus personagens.
Não sou anjo, sou pessoa,
Logo então um pecador.
Deus me quis uma pessoa,
Logo existo, meu Senhor!

Por amor me fez pessoa
Livre arbítrio tenho em pleno
Para te aceitar ou não
Por amor é que o tenho.
Te aceitar de coração
E não por obrigação.
Uma entrega sem interesse,
Como na cruz te ofereceste.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes 

Prometa e tão somente prometa...













Diz que me ama assim como eu te amo
Diz que me quer como eu quero você.
Eu somente prometo te amar por enquanto
Que vou te esquecer, não poderei prometer.

Porque me pedes o que é desumano
E insistes dizer que eu vou merecer?
Sei que não posso cumprir por enquanto
É a certeza que posso me convencer.

Te prometo, mas ainda não por enquanto
Me deixa aproveitar o que ainda pode ser
Se não vou ter tudo isso amanhã
Me deixa só hoje te ver.

Noutro dia quando for caminhando
A promessa vou sim te fazer
E quem sabe te apiades desse humano
Que só vive porque vive você.

Eu somente prometo te amar por enquanto
Que vou te esquecer, não poderei prometer.
Prometa tentar amar, como te amo
Tente ao menos, ao ler essas letras.
Eu espero, continue tentando
Prometa e tão somente prometa.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes

Quero merecer tão somente...


















Quero sempre te ter em meus braços
Quero ousar te pedir um afago
Não me deixas, intranspões com bareiras
Faço o que posso e tão logo me calo.

Meus anseios de outra maneira
Se comportam e te esperam calados
Fico sempre esperando a resposta
Mas até isso tu me tens negado.

Não me calo por tempos extensos
Pois não posso, pois logo te falo
Que te amo, te quero e não escondo
Mas só tenho desprezo confirmado.

Amo-te por quem tu és.
Amo-te por quem eu sou
Quando estou em tua presença
E me fazes ver como estou.

Dependendo sempre da tua presença
Que até agora me tem bastado
É só isso que tu tens me dado
É melhor que te ter noutro estado.

Por Luiz Cláudio dos Anjos Fernandes